falei na unicamp. podemos visitar o acervo de segunda a sexta entre 9h e 17h, é só aparecer. falaram que tem bastante imagem, mas algumas precisa da autorização da família pra ser usada - as mais pessoais.
dá pra dar uma olhada no material pela net, isso pra quem não usa o explorer. segue o link, algm da uma olhada, aqui em casa só tem explorer https://www.sistemas.unicamp.br/servlet/pckSahuAplicacao.ConsultaListaFundos.PryResultadoListaFundos?elementospagina=2&ordenacoluna=0&nocache=1237223382390#null
Consulta - Acervos dos Arquivos Históricos
Repositório: AELCódigo de Referência: BR UNICAMP IFCH/AEL MCJ Título: Mário Carvalho de JesusNatureza: PRIVADONível de descrição: FundoData(s): 1955-1995Dimensão e suporte: 21 cartazes, 71 fitas cassete, 19 fitas de vídeo, 710 folhetos, 240 títulos de periódicos, 9 objetos tridimensionais, 1.500 livros, 3 teses e 1.414 fotografiasNome(s) do(s) produtor(es): Jesus, Mário Carvalho de (1919–1995)História administrativa/Biografia: Mário Carvalho de Jesus nasceu em Araguarí, estado de Minas Gerais, em 1919. Filho de Augusto de Jesus e Antonia Izabel Carvalho de Jesus. Em 1932 a família mudou-se para Campinas, Estado de São Paulo, onde cursou o Ginásio Estadual Culto à Ciência e a Escola de Comércio Pedro II. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1943, concluindo o curso em 1947 e, por indicação do Padre Corbeil, coordenador da Juventude Universitária Católica, realizou estágio na França, em companhia dos ex-colegas de Universidade, Nelson Abraão e Vicente Marotta Rangel. Lá permaneceu durante oito meses, trabalhando com a equipe do Padre Lebret, inclusive como operário, na comunidade de Boimendeau. Casou-se com Nair Betti Oliveira de Jesus em 28 de junho de 1949 tendo o casal sete filhos. Em 1949 iniciou as atividades de advogado, associando-se inicialmente a seu conterrâneo Antônio de Pádua Constant Pires e depois a Nelson Abraão, ambos colegas de curso e de moradia. Entre os anos de 1953 e 1955 atuou como advogado do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ao lado de Vicente Marotta Rangel. Posteriormente, com Nelson Abraão, foi advogado da Cia. Seguradora Brasileira e chefe do departamento jurídico da mesma empresa. Ao deixar essa empresa constituiu, com seu colega Nelson Abraão, sua primeira sociedade de advocacia, que durou até 1960. Atuação na área Sindical Em 1955 patrocinou uma reclamação isolada contra a Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus de propriedade da família Abdalla. Os bons resultados obtidos levaram o sindicato a convidá-lo para advogar no próximo dissídio coletivo, efetivando-o a seguir no cargo. Em 1958 os operários da Perus fizeram greve pacífica, da qual saíram vitoriosos, após 46 dias de paralisação. Este movimento contou com a presença de clérigos, como D. Vicente Marcheti Zioni, Bispo auxiliar de São Paulo, e com a participação de militantes comunistas. Em 1962 eclodiu uma grande greve na Perus, da qual Mário participa tornando-se advogado de cerca de 800 operários demitidos, dos quais, 500 tiveram ganho de causa. Estes operários, com os direitos assegurados, reassumiram suas antigas funções em janeiro de 1969, com direito aos salários equivalentes a mais de seis anos de afastamento do emprego. Mário Carvalho participou ainda no ano de 1959 da Greve dos trabalhadores da Rhodia, da Tecelagem e Fiação Santo André e da greve dos trabalhadores da Usina Miranda. No ano seguinte esteve presente na greve dos trabalhadores da Fábrica de Biscoitos Aymoré. No ano de 1978 foi designado por D. Paulo Arns para intermediar a greve dos operários ceramistas de Itu. No ano de 1981, os funcionários do Hospital de São Paulo também contaram com seu auxílio. Frente Nacional do Trabalho (FNT) Em 1960 sugere a um grupo de operários a fundação da FNT, associação civil aberta a todos que trabalham, e que propunha-se a realizar a doutrina social cristã . Mário foi eleito o primeiro presidente da instituição. A partir da criação da FNT, Mário Carvalho de Jesus e seus colegas trabalhavam para dar assistência exclusiva aos operários, individualmente ou através de seus sindicatos. A seguir listamos as principais instituições para as quais prestaram serviços até o início dos anos setenta: a) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Papel, Celulose, Pasta de Madeira para Papel, Papelão e Cortiça de Caieiras. b) Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Jundiaí, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Louveira, Várzea Paulista e Vinhedo. c) Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria do Papel, Celulose, Pasta de Madeira para Papel, Papelão e Cortiça de Jundiaí. d) Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria s de Trigo, Milho, Mandioca, Aveia, Arroz, Sal, Azeite e Óleos Alimentícios e de Rações Balanceadas de São Paulo, São Caetano do Sul, Santo André, São Bernardo do Campo e Osasco. e) Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Jundiaí. f) Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Pirajuí e Bauru. g) Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Osasco. Em 1968 a FNT assumiu um antigo problema rural envolvendo 80 famílias, na cidade de Santa Fé do Sul, culminando com o assentamento dos lavradores na cidade de Iguataí, Mato Grosso, pelo INCRA. Em 21 de Abril de 1978, Mário Carvalho de Jesus participa da fundação do Secretariado Nacional Justiça e Não–Violência, sociedade civil e sem fins lucrativos que congrega pessoas e entidades numa linha evangélica ecumênica que optam pela ação não-violenta-ativa ou Firmeza Permanente, na construção de uma sociedade baseada na justiça e na fraternidade. Em 1995, morre Mário Carvalho de Jesus, aos 76 anos de idade com câncer na próstata.História arquivística: O contato inicial com os doadores do fundo ocorreu em 18 de outubro de 1996, quando foi realizada uma visita à residência da família, em São Paulo. A documentação estava depositada em um escritório no piso inferior da residência e contava com alguma organização prévia da família e do titular do fundo. Posteriormente foi recolhida a documentação que se encontrava no escritório de advocacia. A transferência para o Arquivo Edgard Leuenroth, iniciou-se em 18.10.1996 e foi concluída em 18.11.1997. Antes da atual organização o fundo sofreu interferências anteriores. Em agosto de 2001, a atual equipe técnica retomou os trabalhos de organização do fundo, procurando privilegiar o contexto de produção dos documentos e considerando o princípio de respeito à ordem original dos documentos. Assim, procurou-se realocar o documento em seu contexto de produção, buscando alcançar uma imagem aproximada do processo de acumulação da documentação dentro das diferentes esferas de atuação do titular do fundo, elementos de classificação adotados para definir as funções e atividades geradoras dos documentos.Procedência: Doação de Nair Betti Oliveira de Jesus, através de termo de doação formalizado em 14.08.1998.Ambito e conteúdo: O fundo reúne a documentação produzida e acumulada por Mário Carvalho de Jesus no âmbito de sua vida profissional e privada e também na esfera de sua militância política-religiosa. A maior parte dos documentos foram acumulados pelo titular dentro de sua atuação como advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cimento, Cal e Gesso de São Paulo, informalmente chamado de Sindicato Perus. Contém diversos processos trabalhistas, inclusive o maior e mais longo deles, a ação coletiva dos empregados estáveis da Cia. Brasileira de Cimento Portland Perus, demitidos por ocasião da greve de 1962; dossiês sobre as greves (1958, 1959, 1962, 1967, 1984 e 1986); documentação administrativa e financeira do sindicato; dossiês sobre o Cartel do cimento e a desapropriação da Cia. Perus, entre outros. O fundo possui ainda documentação produzida pelo titular enquanto advogado trabalhista e sindical e como fundador, presidente e militante da Frente Nacional do Trabalho.Local: Diversos.Sistema de arranjo: O fundo foi dividido em grupos funcionais e séries. - Ver arranjoCondições de acesso: Consulta livre.Localização Física: Localização por nível de descrição.Condições de reprodução: Reprodução com autorização, respeitando-se as regras do AELIdioma: Predominantemente o português, contendo também documentos em inglês, francês, espanhol, italiano e alemão.Instrumentos de pesquisa: Inventário do Fundo Mário Carvalho de Jesus. Campinas, SP:UNICAMP/IFCH/AEL, 2006. (Coleção Instrumentos de Pesquisa, 1). Descrição em sistema eletrônico. Livros catalogados no sistema Virtua: http://libweb.unicamp.br/cgi-bin/gw_40_3/chameleonUnidades de descrição relacionadas: Documentação complementar no arquivo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cimento, Cal e Gesso de São PauloNota do arquivista: Equipe de organização e descrição do arquivo: Vânia R. P. de Miranda, Maria D. Lima, Roberta M. Botelho, Maria C. dos Santos, Ligia A. Belém e bolsistas fornecidos pelo SAE-Unicamp.
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Tive oportunidade de conhecer esse excepcional homem público,quando na minha imaturidade, fugiram-me condições de privar de relações pessoais com uma das pessoas que acredito mais acresceram positivamente na minha personalidade, embora já adulto fosse.Chocado fiquei quando há algum tempo soube do seu prematuro falecimento e rogo a Deus para que guarde, com saúde, sua bondosa mulher D. Nair, para que amealhe com sua bondade o crescimento e desenvoltura da família (que não conheci) formada por esse extraordinário casal.
ResponderExcluirminha perssonalidade, muito embora já fosse adulto. Saudade imensa do homem com quem convivi tão pouco, que soube chocado falecido prematuramente há poucos anos atraz.
Utilizei a conta de meu sobrinho Ray.
ResponderExcluirJosé Roberto. "jrgcarneiro@ibest.com.br"